Programa nacional que visa ampliar o conhecimento sobre a qualidade das águas superficiais do país contará com a participação de órgãos gestores de recursos hídricos do Tocantins. A definição da participação do Estado aconteceu nesta terça-feira, 18, durante apresentação do Programa Nacional de Avaliação da Qualidade das Águas (PNQA) e da Rede Nacional de Monitoramento de Qualidade das Águas (RNQA), feita por técnicos da Agência Nacional de Águas - ANA e da Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos - Cobrape.
A reunião foi realizada na sede da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Semades e contou com a participação de servidores da própria Secretaria e da Agência Tocantinense de Saneamento - ATS, do Instituto Natureza do Tocantins - Naturatins, além de técnicos da Companhia de Saneamento do Tocantins - Saneatins.
O programa, lançado em julho de 2010, surgiu do interesse do Governo Federal em melhorar a gestão dos recursos hídricos a partir de uma base confiável e satisfatória de dados sobre a qualidade das águas dos rios brasileiros. Segundo Ana Paula Montenegro, especialista em recursos hídricos da ANA, os dados disponíveis atualmente não representam a realidade da situação da qualidade da água no país. “Nossos estudos revelam que 9 Estados não possuem o monitoramento da qualidade da água. Isso representa 50% do território nacional já que são Estados grandes, a maioria situado na região Norte”, avaliou.
De acordo com Montenegro, outro fator que contribui para tornar a base de dados atual insatisfatória é a falta de uma padronização nos procedimentos e nos parâmetros monitorados para a coleta e análise da qualidade da água. “Tem Estados que monitoram 10 parâmetros e outros que chegam a monitorar 60”, disse. Com a criação da RNQA, a base mínima de monitoramento passa para 22 parâmetros iguais em todos os Estados.
O superintendente de planejamento e gestão de recursos hídricos da Semades, Aldo Azevedo, considerou fundamental a participação do Tocantins na Rede, que vai fornecer subsídios para uma série de finalidades, como tomadas de decisões para emissão de outorgas, acompanhamento da evolução da poluição hídrica, planejamento das ações de recuperação dos rios, dentre outras. “É uma radiografia do uso e da ocupação da bacia em que os rios e lagos estão inseridos”, declarou.
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