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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Captura de enxames sem derrubada de árvores será apresentada no Congresso de Apicultura e Meliponicultura


Técnicas para captura de enxames, multiplicação de colmeias sem a derrubada de árvores e o mecanismo de reprodução das abelhas nativas serão temas de palestraTécnicas para captura de enxames, multiplicação de colmeias sem a derrubada de árvores e o mecanismo de reprodução das abelhas nativas são assuntos que serão apresentados pela bióloga, doutora em genética e pesquisadora do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Gislene Almeida Carvalho Zilse, durante o 1º Congresso de Apicultura e Meliponicultura da Amazônia. O evento, promovido pela Seagro – Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, será realizado de 20 a 22 de outubro, dentro da programação do Amazontech 2011, no Espaço Cultural.
Na ocasião, a pesquisadora fará uma explanação sobre a importância da manutenção de ninhos naturais de abelhas para a variabilidade genética e sustentabilidade dos meliponários. “A proposta é atender as questões e dúvidas colocadas pelos participantes. Também abordarei o mecanismo de reprodução das abelhas nativas e estratégias para o sucesso reprodutivo das colmeias”, informou.
A doutora disse ainda que a técnica de captura de enxames naturais sem derrubada de árvores consiste no recolhimento de colônias alojadas em árvores condenadas ou em áreas de desmatamento autorizado e em árvores vivas. “A técnica permite a captura de parte da colônia, garantindo que a outra permaneça viva, alojada na árvore, e continue o seu desenvolvimento e reprodução natural”, assegurou a pesquisadora.
Em relação à técnica de multiplicação, a bióloga disse que demonstrará o método de "perturbação mínima" para multiplicação rápida de colônias. Segundo ela, nesse caso, não há manipulação direta das abelhas e o procedimento, que leva em torno de 10 segundos, garante que a estrutura interna da colônia seja preservada e que ambas as colmeias (original e recém-formada) se desenvolvam rapidamente. “A eficiência deste método de multiplicação permite uma rápida reestruturação da colônia e confere a continuidade na produção de mel pela colônia”, afirmou.
A pesquisadora esclarece também que não se deve colher mel em uma colônia recém multiplicada, uma vez que quando manipulada há intenso consumo de mel pelas abelhas para fabricar cera, reconstruir os favos e potes de alimento. “Com o método de perturbação mínima, praticamente não há desestruturação da colônia e, assim, as abelhas praticamente não interrompem a produção de mel, o que promove a possibilidade de colheita de mel ou outros produtos das abelhas em curto prazo”, orientou.
O evento tem o objetivo de fortalecer a apicultura e a meliponicultura nacional e regional através da divulgação de informações, do intercâmbio de conhecimentos e tecnologias e da promoção de negócios. O Congresso é destinado aos apicultores, associações, cooperativas, empresas, pesquisadores, técnicos, especialistas, sindicatos rurais, universidades, centros de pesquisa, consumidores e representantes do setor de comercialização e de distribuição.
 (Ascom Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Agrário)

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