Na ocasião, a pesquisadora fará uma explanação sobre a importância da manutenção de ninhos naturais de abelhas para a variabilidade genética e sustentabilidade dos meliponários. “A proposta é atender as questões e dúvidas colocadas pelos participantes. Também abordarei o mecanismo de reprodução das abelhas nativas e estratégias para o sucesso reprodutivo das colmeias”, informou.
A doutora disse ainda que a técnica de captura de enxames naturais sem derrubada de árvores consiste no recolhimento de colônias alojadas em árvores condenadas ou em áreas de desmatamento autorizado e em árvores vivas. “A técnica permite a captura de parte da colônia, garantindo que a outra permaneça viva, alojada na árvore, e continue o seu desenvolvimento e reprodução natural”, assegurou a pesquisadora.
Em relação à técnica de multiplicação, a bióloga disse que demonstrará o método de "perturbação mínima" para multiplicação rápida de colônias. Segundo ela, nesse caso, não há manipulação direta das abelhas e o procedimento, que leva em torno de 10 segundos, garante que a estrutura interna da colônia seja preservada e que ambas as colmeias (original e recém-formada) se desenvolvam rapidamente. “A eficiência deste método de multiplicação permite uma rápida reestruturação da colônia e confere a continuidade na produção de mel pela colônia”, afirmou.
A pesquisadora esclarece também que não se deve colher mel em uma colônia recém multiplicada, uma vez que quando manipulada há intenso consumo de mel pelas abelhas para fabricar cera, reconstruir os favos e potes de alimento. “Com o método de perturbação mínima, praticamente não há desestruturação da colônia e, assim, as abelhas praticamente não interrompem a produção de mel, o que promove a possibilidade de colheita de mel ou outros produtos das abelhas em curto prazo”, orientou.
O evento tem o objetivo de fortalecer a apicultura e a meliponicultura nacional e regional através da divulgação de informações, do intercâmbio de conhecimentos e tecnologias e da promoção de negócios. O Congresso é destinado aos apicultores, associações, cooperativas, empresas, pesquisadores, técnicos, especialistas, sindicatos rurais, universidades, centros de pesquisa, consumidores e representantes do setor de comercialização e de distribuição.
(Ascom Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Agrário)
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