O Brasil encerrou o mês de outubro com 194,439 milhões de celulares para uma população de 193,585 milhões de pessoas. Em poucas palavras: o país tem mais de um telefone móvel por habitante, segundo um levantamento divulgado nesta quinta-feira (18) pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Para o presidente da agência Ronaldo Sardenberg, a marca foi superada em 31 de outubro, quando a Anatel cruzou os dados do mês sobre o total de celulares em operação no Brasil com os números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
- No plano mundial, o Brasil ocupa a oitava posição [no ranking de celulares por habitante]. Abaixo do Brasil estão França, Estados Unidos, Japão, Paquistão, México e a Índia. É motivo de festa na Anatel.
Entre os benefícios da expansão da telefonia celular para a população, ele enumerou segurança, conforto, acesso à informação, geração de renda e empregos, economia de tempo e pagamentos eletrônicos.
Apesar disso, o Brasil ainda é considerado um dos mais caros quando o assunto é serviço de telefonia móvel. Uma pesquisa da ONU (Organização das Nações Unidas) divulgado em outubro mostrou que o custo absoluto do celular aqui é três vezes superior à média dos países em desenvolvimento.
Um pacote de 165 minutos de conversas, 174 SMS, um download e 2,1 megabytes de dados sai por pouco mais de R$ 205 (US$ 120) aqui no Brasil. As conversões foram feitas com o valor do dólar em relação ao real nesta quinta (R$ 1,71).
O preço é equivalente ao sobrado pelos mesmos serviços no Zimbábue e supera os custos de Venezuela, Turquia, Nicarágua, Angola, Gabão ou México.
Na Argentina, o mesmo plano sai por menos da metade desse valor. Na Índia, no Paquistão, em Bangladesh e na China, a população paga apenas um sexto do que é cobrado de um brasileiro para usar o celular.
Em julho, um grupo de pesquisadores e profissionais da área de Tecnologia da Informação divulgou que o Brasil é o lugar mais caro para ter um celular pré-pago entre todos os 20 países da América Latina e do Caribe.
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