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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Marcos Valério é preso em BH por grilagem de terra


Marcos Valério é detido em BH - Reprodução
Marcos Valério é detido em BH

SÃO PAULO - Dezesseis pessoas foram presas, entre elas o empresário Marcos Valério e três ex-sócios da empresa DNA Propaganda, durante a Operação Terra do Nunca, desencadeada nos Estados da Bahia, Minas Gerais e São Paulo. Marcos Valério e seus ex-sócios foram presos na região da Pampulha, em Belo Horizonte e o restante em Barreiras, na Bahia. Segundo informações do MP, trata-se de uma ação conjunta entre a Polícia civil e o Ministério Público da Bahia (MP). Os detidos serão enviados a Salvador para prestar depoimento.
A Operação Terra do Nunca, que levou à prisão também de Ramón Hollebach Cardoso, Francisco Castilho e Margarete de Freitas, foi realizada pela Polícia Civil da Bahia e de Minas Gerais em parceria com o Ministério Público da Bahia. De acordo com informações do MP, Marcos Valério atuava em conjunto com advogados e oficiais de cartório de Registro Gerais de Imóveis e de Tabelionato de Notas na falsificação de documentos públicos, criando matrículas falsas de imóveis inexistentes e da União. Segundo o MP, o objetivo era entregar esses documentos para garantir dívidas das empresas de Marcos Valério.A operação visa a cumprir 23 mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça baiana nos três Estados. De acordo com as primeiras informações da Polícia Civil baiana, as investigações duraram 17 meses e Valério e os outros detidos são acusados de falsificação de documentos públicos, falsidade ideológica e corrupção ativa e passiva.
Marcos Valério é apontado pelo Ministério Público Federal como operador do suposto esquema de propinas a parlamentares conhecido como "mensalão', que teria sido financiado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em troca do apoio político no Congresso. O julgamento do mensalão no STF está marcado para 2012.
Sem ligação com o mensalão
Segundo o advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, seu cliente está 'absolutamente surpreendido' com a prisão. Em entrevista à rádio Estadão ESPN, Leonardo negou qualquer ligação dessa prisão com o mensalão. Se refere a fatos de 2003 ou 2004, porque a única ligação que existe da empresa com o sul da Bahia é o fato dela ter adquirido um imóvel no Sul da Bahia nessa época. "Se houve alguma irregularidade, não foi praticada por eles, mas pode ter sido por ter sido praticada por alguém na própria Bahia", afirmou.
O advogado afirmou que desconhecia o processo e diz que a prisão não tinha motivo. "Não tivemos acesso à decisão. O mandado não diz o motivo e nem o artigo em que eles estariam enquadrados", criticou. De acordo com Leonadro, no momento, o interesse da defesa é obter acesso ao processo e à decisão para depois pensar em alguma medida.
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