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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

João Ribeiro, Raul Filho e Luana Ribeiro juntos em projeto político para 2014?


A posse da esposa do senador João Ribeiro (PR), Cinthia Ribeiro, no comando do PTN estadual nesta sexta-feira, 25, na Assembleia Legislativa concretiza mais um episódio do projeto “familiomaniáco” do senador para comandar partidos no Tocantins. Já tem o PR, consigo mesmo na estadual e com a filha, a deputada Luana Ribeiro, no metropolitano de Palmas, mais o PRTB, com seu filho João Ribeiro Júnior.
Sob comando de João Ribeiro, via esposa, o partido seguirá como peça de negociata. Assim como foi com o ex-presidente, Júnior Luiz. Diferença que o projeto de Junior Luiz era mais modesto. Mais pessoal. Só queria era ter uma renda. E ainda assim, conseguiu feitos políticos consideráveis fruto dessas articulações com partidos importantes.
O senador revelou, com naturalidade até, que a esposa pediu-lhe antes do evento que lhe dissesse o que deveria ser dito no discurso de posse. E Ribeiro: diga que o PTN está livre para conversar com todo mundo. Desde que a conversação interesse ao projeto do PTN nacional que enviou o presidente Zé de Abreu: João Ribeiro governador em 2014, com Raul Filho (PT) na vaga ao Senado. E Luana Ribeiro deputada Federal.
Ocorre que o PTN é Cinthia, Cinthia é Ribeiro e Ribeiro…. está nas mãos de Siqueira Campos (PSDB).
Daí a queixa de alguns petistas e outros aliados do prefeito Raul Filho (PT). E também do PMDB, que estava representado no evento com o ex-governador Carlos Gaguim nenhuma vaga em 2014. Quem sabe, contando com a aplicação da Ficha Limpa com a retroatividade (aplicada a crimes anteriores à lei) deixando Marcelo Miranda inelegível até 2017 (oito anos inelegível).
E sendo Siqueira, Ribeiro vai engrossando seu grupo com aqueles que hoje deveriam fazer o enfrentamento ao projeto político do governo tucano. Parece querer romper, mas sem que a ruptura parta de si. Força a tensão para levar o governador a tomar a atitude da cisão de fato.
Ocorre que há uma fragilidade jurídica e política, além da dubiedade, rondando o projeto do João Ribeiro. A ‘ribeirocracia’ pode ter efeito contrário e mais afastar aliados do que agregar, em que pese o vereador Folha ter entregue mais de 1,3 mil novos filiados no PTN: filiado é diferente de liderança, de liderados e de votos.
Na sexta-feira, entre governo e oposição, Ribeiro saiu-se no discurso dizendo ao deputado estadual e pré-candidato governista à Prefeitura, Marcelo Lelis (PV): na hora do palanque cada um vai para o seu, na hora de trabalhar vamos juntos.
Lelis deixou o evento contentíssimo. Deve ter sentido que o projeto do PR, por ora, parece não ser Palmas como é o seu. E Lelis, assim como os governistas, só esperam Siqueira Campos dizer quem são seus candidatos para iniciar a fase de agregação.
Como tem cerca de 15 nomes na estrutura estadual (de secretários, sub, superintendes e diretores) Ribeiro só aumenta a tensão. Mas não rompe. E o governo, do outro lado, quer que os pré-candidatos deixem os cargos até dezembro. É o primeiro dos muitos recados que vai fazer chegar até João Ribeiro. É ver até onde este se sustenta no processo de contaminação partidária que se vê na capital com repercussão no Estado inteiro.
Lembra, aliás, o governo de Carlos Gaguim. Agregou de todo lado, tinha consigo João Ribeiro e Raul Filho, os três sonhando em ser candidato ao governo e deu no que deu quando foi preciso encarar a realidade da campanha: seguir separados partidariamente, mas entrelaçados politicamente. Com Gaguim disputando, e perdendo o governo, mas apoiando Ribeiro, assim como Raul Filho que não elegeu um só candidato seu, a não ser a esposa, Solange Duailibe na Assembleia Legislativa. O resultado é conhecido.
Só João Ribeiro ganhou. E, de novo, alternado um pouco a ordem, Ribeiro faz o que Gaguim fez, mas com mais profissionalismo. E todo o compromisso gira em torno do financeiro que o senador bem representa.
E os demais partidos sucumbindo. O PT, com Raul Filho tomando o PT de Palmas e trabalhando para o mesmo no diretório estadual. O PMDB, com Júnior Coimbra, cuja ligação remota à campanha do ano passado e, de novo, levando à capitulação o ex-governador Marcelo Miranda. Que, aliás, até tentou chegar ao comando, mas, barrado por Coimbra quase deixou o partido, onde permanece consolado pela vice-presidência.
E que pode, em dado momento, negociar Eli Borges de novo. E aí para onde Eli e seu grupo pender, poderá fazer a diferença.
Mas todos os partidos com potencial de um discurso diferente sem falta de visão e futuro para um projeto diferente que não o dos Siqueira e da família Ribeiro.
Agora já pensou se até 2014 um dos inúmeros inquéritos e ação penal (peculato e trabalho escravo) contra o senador que tramitam no STF (Supremo Tribunal Federal) é julgado com condenação do político, todo este projeto poderá naufragar…
Fonte: Lailton Costa

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